sexta-feira, 16 de março de 2012

NATUREZA: QUEM AMA, PRESERVA


Gosto de tudo que tem relação com a natureza, e tenho uma grande preocupação com a proteção e conservação do meio ambiente, pois de quê adiantará todo progresso científico, cultural, tecnológico e financeiro, se não tivermos um mundo habitável para desfrutá-lo?


No entanto, não gosto muito de falar sobre esse assunto, porque o mais importante é agir, mas se ninguém falar do que pensa e/ou faz, como outros ficarão sabendo para, quem sabe, fazer igual?

 

A verdade é que existe muita distorção e hipocrisia entre as pessoas que dizem amar a natureza e se preocupar com o meio ambiente. Tem gente que diz amar tanto a natureza que nos fins de semana vai para áreas ecológicas com seus carros barulhentos cheios de gente para pisotear a vegetação, quebrar galhos, rabiscar as árvores, fazer fogueiras. Além disso, usam som em alto volume, sem pensar o quanto isso é danoso para a audição sensível dos animais. Quando vão embora costumam deixar de presente um monte de lixo, isso quando não arrancam mudas de plantas silvestres ou aprisionam animais, porque tem gente que “ama” tanto a natureza que tem que levar pedaços dela para casa. Com amigos assim a natureza não precisa ter inimigos.


Quanto à preservação do meio ambiente, certamente é direito de todos aproveitarmos pelo menos um pouco das vantagens proporcionadas progresso tecnológico, mas será que realmente precisamos ter ou fazer tudo que o consumismo capitalista diz que precisamos? Por exemplo: tem pessoas que vão para a academia de carro. Ora, se fossem a pé talvez nem precisassem de academia, mas frustraria o capitalismo consumista, que diz que você deve fazer academia e andar de carro.

 

É claro que salvar o planeta já tão castigado não é uma tarefa fácil, mas se pelo menos houvesse uma conscientização, as coisas poderiam mudar. São gestos simples que todos podem fazer, como deixar o carro em casa um dia da semana e ir de ônibus, usar suco natural em lugar de refrigerante algumas vezes (a “embalagem” de uma fruta desintegra em poucos dias e vira esterco, uma garrafa pet fica na natureza muitos anos), quem tem bebê poderia algum dia usar fraldas de pano como as nossas mães e avós usaram etc.


Há uma lista infindável de ações que podemos fazer em favor do meio ambiente e outra lista igual que as pessoas usam como desculpa para não fazerem nada. Mas seria importante pensar: somos sete bilhões de seres humanos sobre o planeta, no ritmo em que vamos, breve estaremos atolados em montes de lixo, resultado de nossa insensatez. Por outro lado se cada um de nós, sete bilhões de cabeças pensantes, fizer um pequeno gesto de preservação a cada dia, podemos sim, salvar nosso planeta.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

EDUCAÇÃO E CIDADANIA


Outro dia estava pensando em escrever algo sobre educação e cidadania para postar no meu blog, quando vi algo que me chamou à atenção, e disse para mim: já sei sobre o que vou escrever!
E o que foi que vi? Bem, era uma carreata com dezenas de caminhões e carros com sons estridentes, buzinas, foguetes e um locutor que, aos berros anunciava as promoções de determinada loja. Fiquei pensando: é claro que uma campanha desse tipo foi planejada por um profissional competente, e que busca cumprir o seu papel como profissional. Mas será que quem encomendou e quem planejou o evento pensou em cidadania, ou seja, em como afetaria os habitantes da cidade? Será que não importa as conseqüências quando se busca um objetivo? O que dizer da queima de combustíveis que degrada o meio ambiente? E a poluição sonora que afeta  todas pessoas, principalmente as mais jovens? E o caos que provoca no trânsito?
Este é um grande problema do mundo atual: ninguém se preocupa em como seus atos afetam os outros. Desde os políticos e grandes empresários que deveriam dar o exemplo de uma vida a serviço comunitário, até os mais simples indivíduos, parece que pensamos num mundo só para nós. Os ricos mesmo tendo o suficiente para algumas gerações, sempre querem mais, não importando se para conseguir, tenha que ser desonesto, explorar os outros, ou destruir o meio ambiente. Os menos favorecidos também não costumam mostrar consideração pelo próximo,  como a falta de educação no trânsito, jogar lixo nas ruas, sujar ambientes que outros vão usar, inclusive o gesto desagradável e corriqueiro de pais que colocam os filhos dentro dos carrinhos de supermercado com os mesmos calçados que pisaram na rua, como se fossem os últimos a usá-lo.
Na minha opinião cidadania é uma coisa que deve vir de berço, mas nossas escolas deveriam ensiná-la mais, o que parece não interessar aos poderosos, porque é melhor formar apenas bons profissionais, que farão das nossas empresas mais competitivas, o que trará mais dinheiro e fará o país mais próspero. O indivíduo educado para a cidadania seria mais exigente dos seus direitos, teria consciência dos próprios atos, e assim votaria melhor, por isso seria mais difícil governá-lo. Mas ainda sim, acho que educar para a cidadania deveria ser a função primordial das nossas escolas, para termos seres humanos melhores e esperança de um futuro brilhante para a humanidade.