sábado, 31 de dezembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DAS MANIFESTAÇÕES POPULARES EM NOSSA CULTURA


Estas são considerações minhas, feitas num fórum da disciplina Fundamentos da Educação, no qual discutimos a importância das manifestações populares em nossa cultura.

Sobre as manifestações populares:
“As manifestações populares são uma fonte muito importante de cultura e integração social. Desde os recantos mais isolados do interior, as pessoas sempre preservaram essas manifestações, com rezas, Folia de Reis, quadrilha etc. E assim aprendiam a cantar, dançar, além da integração comunitária. Me lembro que na roça pessoas cantavam e rezavam em latim sem nem saberem bem do que se tratava, além de algumas que procuravam mesmo aprenderem um pouco de latim, só pelo fato de que as missas eram celebradas nessa língua. Aqui na nossa região creio que as manifestações populares poderiam ser mais ativas, já que temos uma variedade muito grande de pessoas, vindas de regiões diferentes. Só que, pelo menos em Ipatinga há uma tendência de as pessoas se isolarem em grupos sociais, religiosos etc. e isso prejudica as manifestações populares principalmente porque normalmente elas tem origens religiosas.”


Respondendo sobre a tradição das festas juninas:
“Realmente as festas juninas (que já não são só juninas), são uma manifestação popular muito interessante. Inclusive os nossos vizinhos municípios de Mesquita e Santana do Paraíso tem suas festas oficiais. As “festas juninas” de que me lembro na roça era algo bem mais simples: a gente fazia uma fogueira, com bombas de bambú cheias de água (era cada estouro, e o perigo de um banho de água fervendo), tinha gente que passava nas brasas descalços, ás vezes se partilhava algo de comer, que poderia ser canjicão feito manualmente num pilão. Apesar de simples era bem divertido. Hoje, nas cidades as festas são bem sofisticadas. Pena que por falhas que bem conhecemos do poder público, essas festas tiveram que se transformarem num meio de as escolas e outras entidades arrecadarem dinheiro, para reforçarem o orçamento.”


Comentando sobre o que tem acontecido com as manifestações populares:
“(...) as tradições populares tendem a desaparecerem ou serem profissionalizadas, como é o caso do festival de Paritins, no Amazonas, que transformou uma manifestação popular (o Boi), em uma atração de repercussão internacional. Como eu já disse a comunidade onde nasci era pequena e muito pobre, mas as pessoas tinham suas manifestações populares, como Folia de Reis, cantavam ladainhas em latim mesmo alguns sendo analfabetos. Só que nas décadas de 60 e 70, com a morte dos moradores mais velhos e o êxodo dos jovens para trabalharem fora, a comunidade se extinguiu ( ah! O primeiro que acabou foi a escola), e os moradores se espalharam. Como toda essa tradição era oral, nada ficou documentado, poucas pessoas ainda existem que se lembram de algumas dessas coisas. Meu pai sabia muitos versos de Folia de Reis, eu não sei nem um. Infelizmente, isso é que está acontecendo com muitas de nossas tradições.”

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MINHA PRIMEIRA LEITURA DE MUNDO


A minha primeira leitura de mundo é de uma pequena e pobre comunidade na roça, formada por menos de dez casas, cortada pelo que chamávamos de “rio”, mas que fora de épocas de enchentes, não passava de um riacho. Esse “rio” teve um papel decisivo em nossas vidas naquele tempo. É que morávamos no município de Ouro Preto, e o rio cortava a comunidade ao meio. Com a emancipação do município de Ouro Branco, o rio ficou como limite entre os dois municípios e a comunidade ficou dividida ao meio. A escolinha da comunidade, da qual meu pai era inspetor (voluntário), ficou do lado do novo município e o prefeito resolveu fechá-la. O drama atingiu em especial a minha família, que tinha muitas crianças em idade escolar.
Assim, o meu pai, que só tinha a quarta série daquele tempo, e a minha mãe, que mal foi à escola, foram quem alfabetizaram a nós, os filhos mais novos. Não me lembro de como aprendi a ler, mas sei que apesar dos recursos escassos, resolveram “investir” em mim: compraram um livrinho do autor Thomaz Galhardo, chamado “Cartilha da Infância”, que por sinal ainda o possuo. De resto estudávamos em livros velhos, escrevíamos em qualquer papel que conseguíssemos. Cheguei a escrever em lousa, que é um pequeno quadro de pedra, do tempo de meus pais. Lembro-me de uma vez que apareceu por lá um folheto de anúncio de uma festa religiosa e comecei a lê-lo; daí descobri que era capaz de ler com o folheto em qualquer posição, ou seja, de cabeça para baixo, invertido, ou pelas costas, já que era quase transparente.Ficou todo mundo admirado. Certa vez eu estava na venda que tinha lá “perto” (a uma légua!), e a dona percebeu que eu lia o que estava escrito nas latas de produtos, ficou com dó e me deu um monte de “Gurilândia”, que era o suplemento infantil do jornal Estado de Minas.
Nos anos seguintes, li todos os livros que tinha em casa, que não eram tantos. Alguns eram didáticos, principalmente de História, outros de contos, como: Branca de Neve, João Soldado etc. Só não pude ler um, que ensinava a escrever cartas para namoradas, não tive permissão pra lê-lo. Certa vez ganhei uma revista de Walt Disney, acho que era do Mickey, e fiquei encantado, não sei quantas vezes a li.
Só consegui frequentar uma escola com mais de doze anos de idade, quando fui morar na casa de uma família onde trabalhava e estudava à noite. Graças ao que aprendi em casa, já fui direto para 3ª série. Nesse tempo, além do que lia na escola, na casa onde morava havia muitas revistas antigas, em especial as de quadrinhos, e quando tinha uma folga eu as “devorava”.
Li muito nos tempos que estudei para o Supletivo, pois não fiz nenhum curso preparatório para as provas, como também não o fiz para o vestibular do curso de Letras. Assim sendo, a leitura da palavra escrita, nas formas e gêneros mais diversos, tem sido constante na minha vida. Porém a leitura da vida, do mundo ao redor, não tem sido de menor importância, desde aquele “rio”, aquele folheto, aquele livrinho...

sábado, 16 de julho de 2011

UM POUCO MAIS SOBRE MIM


Rapidinhas:
Eu amo... a Deus, a vida, as pessoas,os animais, as plantas, ...a natureza.
Eu odeio... (não costumo usar esta palavra) pessoas avarentas, egoístas, que maltratam animais, destroem o planeta.
Minhas preferências na vida pessoal... Gosto de tudo que possa ampliar meus conhecimentos.
Eu professor... Ainda não sou, entendo que o bom professor não é aquele que sabe tudo, e sim o que procura sempre o conhecimento e transmite aos alunos.
Minhas preferências na vida profissional... Fui metalúrgico, não por opção, foi o melhor que surgiu. Hoje cuido de plantas e animais, com paixão. Se me tornar professor, será por amor, não por esperar por grande compensação financeira.
As TICs na minha vida pessoal... Não sou grande adepto das tecnologias, custei a ter um celular e usar o computador em casa.
As TICs na minha vida profissional... Quando era metalúrgico tinha contato diário com computadores. Hoje não preciso para cuidar de plantas. Se me tornar professor, terei que usar o que for necessário.
Eu aprendi neste curso... Estou aprendendo muitas coisas, não imaginava que o curso teria tanta abrangência.
Eu quero... Continuar aprendendo, e aproveitando o que o curso proporciona.

Qual o impacto do curso de graduação a distância na sua vida pessoal e profissional? Dê exemplos e justifique sua resposta.
Bem, conforme digo sempre, o curso de Letras é a realização de um sonho. Profissionalmente não há impacto, pois já sou aposentado. Na vida pessoal é muito importante quando temos uma novidade assim. Geralmente, as pessoas elogiam, ou se espantam: “você vai ser professor”? No fim tem sido muito bom!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PRIMEIRA ESCOLA VERDE DO BRASIL

Foi inaugurado no dia 20 do mês passado em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, o primeiro colégio verde do Brasil. Trata-se da Escola Estadual Erich Walter Heine, que possui lâmpadas de LED, que reduzem em até 80% o consumo de energia; e instalações que captam a água da chuva para ser utilizada em sanitários, nos jardins e na limpeza da escola. Os cerca de 200 alunos também recebem seus próprios computadores e, com isso, podem trocar os cadernos por pendrives. Numa região em que a temperatura ultrapassa os 40°C no verão, a temperatura é reduzida graças ao formato de cata-vento da construção e o telhado verde.

Fonte: Folha Universal n.º 1001 – 12 de Junho de 2011

Realmente uma iniciativa interessante, pois se queremos um desenvolvimento sustentável melhor começar desde cedo, nas escolas.

BULLYING


Foto: Virginia Youth Violence Project




O que quer dizer Bullying?

A palavra inglesa bullying não tem tradução para o português, e seria melhor que suas conseqüências também, o que infelizmente não é verdade. A prática do bullying vem crescendo nas escolas brasileiras, e, é mais uma dor de cabeça para pais, educadores e autoridades. O indivíduo adepto a tal prática pode ser definido como brigão, valentão, que ameaça, ou intimida os mais fracos e não respeita os que de alguma forma são “diferentes”.

Essa prática pode trazer sérios transtornos no desenvolvimento de quem é vítima, e o agressor tende a vir a ser um adulto problemático.

Dá até para fazer humor sobre o bullying, mas na vida real não tem graça nenhuma!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS

As novas tecnologias podem ser uma ferramenta muito útil para o futuro do ensino-aprendizagem. Porém, há que se ter cautela, quanto ao uso das mesmas.

Nas escolas particulares, pode não ser difícil, já que o poder aquisitivo dos pais de alunos certamente comportará mais este gasto. O que pode ocorrer é, alunos mais ricos se julgarem melhores por terem equipamentos mais caros, de última geração. A solução seria a padronização, para não haver discriminação.

Já nas escolas públicas, só seria viável se os governos bancassem os custos dos equipamentos. Neste caso, o problema seria o de conservação, porque a julgar pelo que costuma acontecer com os livros fornecidos pelo governo, seria difícil esperar que aparelhos eletrônicos sejam bem cuidados.

Por outro lado os professores teriam que se prepararem muito bem, porque jovens se adaptam com facilidade às novas tecnologias, e poderiam manipular a situação se o professor não tiver o preparo necessário.

domingo, 3 de julho de 2011

O SONHO DAS LETRAS

Oi,  gente!

O curso de Letras tem me colocado sempre diante de novidades, e esta é mais uma. Ainda não sei direito o que é um blog, mas estou tentando fazer o meu.
Por que O SONHO DAS LETRAS? Bem vou tentar explicar: Sempre sonhei fazer um curso superior, e quando surgiu a oportunidade de fazer Letras, não me preocupei muito com o que iria aprender. Depois é que entendi que fazendo o curso de Letras, posso me tornar um professor. A idéia em princípio me assustou, mas aos poucos me deixa até entusiasmado.
Ser professor era o sonho do meu pai, infelizmente ele só estudou até a 4ª série. Mesmo assim era inspetor (voluntário) da escola da comunidade. Chegou até lecionar por 09 dias, por falta de professora. Quando a escola foi fechada, foi ele, com a ajuda da minha mãe, que pouco estudou, que alfabetizou os filhos mais novos, inclusive a mim, que quando consegui entrar numa escola, já fui para a 3ª série.
Tornando-me professor, posso realizar esse sonho de família!
Um abraço a todos e todas!